"O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente."
(Mário Quintana)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Curiosidades...


Autistas são as pessoas que vivem em seu próprio mundo?

O autismo é uma síndrome (conjunto de sintomas), existem várias formas de autismo e por isso existem profissionais que usam o termo "autismos", é encontrado da forma mais leve (Síndrome de Asperger) à mais severa. Meninos são em maior quantidade afetados pelo autismo, mas as meninas são atingidas de maneira mais grave.

Ha algum tempo existia o mito de que a culpa de uma criança ser autista seria das mães - que ao ter uma criança com a síndrome - eram conhecidas por "mães geladeira". Imaginava-se que a falta de carinho e uma relação harmoniosa entre mães e filhos poderia gerar autismo. Hoje com o avanço do conhecimento está claro que não existe relação alguma. Ainda não se sabe a causa (ou causas) específica para causar o autismo, mas diversos fatores são mencionados na literatura. Falaremos sobre eles de forma mais abrangente em uma outra postagem, mas achei importante mencionar o que segue:


Em entrevista à revista ÉPOCA de 27/09/2004 o cientista sueco Christopher Gillberg afirma que o autismo pode, também, se dar por questões pré-natais, por exemplo.
Alguns casos são atribuídos a drogas teratogênicas (como a talidomida) consumidas pela mulher grávida ou ao excesso de bebida alcoólica na gestação. Metais pesados como chumbo, mercúrio e outros materiais também parecem danificar o cérebro e levar ao autismo. Mas fatores genéticos determinam a maioria dos casos. Um dos pais carrega dois genes envolvidos numa maior suscetibilidade ao distúrbio. O outro cônjuge carrega outros três. O autismo pode ser fruto da combinação infeliz desses genes.

05/07/2011, http://noticias.r7.com,  "Uso de antidepressivos na gravidez aumenta risco de criança ter autismo, diz estudo - Perigo aumenta quando a exposição aos remédios acontece até o terceiro mês".

A exposição a certos antidepressivos durante ou até um ano antes da gravidez pode aumentar o risco de a criança ter autismo, segundo um estudo realizado por cientistas do Kaiser Permanente Medical Center, na Califórnia. 



Não há nada de raro!

De acordo com a Revista Autismo: " O autismo é uma síndrome complexa e muito mais comum do que se pensa. Atualmente, o número mais aceito no mundo é a estatística do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão do governo dos Estados Unidos: uma criança com autismo para cada 110. Estima-se que esse número possa chegar a 2 milhões de autistas no país, segundo o psiquiatra Marcos Tomanik Mercadante citou em audiência pública no Senado Federal no fim de 2010"

E onde eles estão?

Infelizmente, ainda fico sabendo de autistas que ficam em casa, sem acesso à intervenção pedagógica e um trabalho interdisciplinar. É lamentável, mas não há em nosso país, ainda, um tratamento que chegue, principalmente, aos menos favorecidos. O resultado disso são pessoas absolutamente negligenciadas. 

Admiro os pais e mães no autismo. São muitos deles que brigam e lutam pela educação, saúde e tratamentos específicos para os filhos. São esses pais e mães que fundaram muitas ONGs no Brasil em busca de uma vida melhor para os filhos e conheci algumas instituições fundadas por eles que buscaram conhecimento por conta própria e colocaram em prática colaborando com um maior número de autistas e famílias.

PERISSINOTO em Conhecimentos essenciais para atender bem as crianças com autismo  relata que "...o indivíduo com autismo muda seu comportamento e as atipias respectivas podem se atenuar com a idade e o nível de desenvolvimento, dependendo das intervenções educacionais e terapêuticas que receba".

 É importante mencionar que o autismo é encontrado em todo o mundo, independe de classe racial, étnica e social, não existem evidências psicológicas na vida de um autista que possa ter causado a síndrome.



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