"O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente."
(Mário Quintana)

domingo, 21 de agosto de 2011

CUIDADO!!!

Gostaria de abordar um tema importante!

Gente tenham muito cuidado com as fontes e as notícias que estão lendo, procurem sempre saber se o site é confiável, bem como qualquer outra fonte de informação. Procure saber quem é o profisional que fala na matéria, pesquise, investigue!!!!
Não acreditem em tudo o que lê.

Estou postando abaixo uma informação que eu considerei muito duvidosa, mas é mais um motivo para chamar atenção a todos os leitores e leitoras da importância do ato de ler e do que está sendo lido!

Abraços!

Autismo e mês da concepção - Estudo novo

Autismo e estação

Os registros de nascimento de mais de 6 milhões de crianças nascidas na Califórnia (EUA) durante os anos 1990 e início de 2000 mostram uma relação clara entre o mês da concepção e o risco do autismo.

Entre as crianças incluídas no estudo, as concebidas durante o inverno [do hemisfério Norte] tiveram um risco significativamente maior de autismo.

O risco de ter uma criança com transtorno do espectro autista aumenta progressivamente durante o outono e inverno, até o início da primavera, com as crianças concebidas no mês de Março apresentando um risco 16% maior de autismo, em comparação com as concepções em Julho.

Mês da concepção e autismo

"A conclusão do estudo foi significativo mesmo após ajustarmos para fatores como educação materna, raça/etnia, e ano da concepção da criança," diz o principal autor do estudo, Dr. Ousseny Zerbo, da Universidade da Califórnia.

Os pesquisadores incluíram cerca de 6,6 milhões de registros de nascimento, ou 91% de todos os nascimentos registrados durante o período do estudo.

As crianças foram monitoradas até o seu sexto aniversário para determinar se elas iriam desenvolver o autismo.

Foram identificados cerca de 19 mil casos de autismo definidos como "síndrome total" do autismo.

O estudo constatou que o risco de ter um filho com autismo aumenta de mês para mês durante o inverno até o mês de março.

Para o estudo, o inverno foi considerado o mês de dezembro, janeiro e fevereiro [verão no Brasil]. Cada mês foi comparado com julho, com uma incidência 8% superior em dezembro, aumentando para 16% em março.

Exposição a elementos de risco

Os pesquisadores afirmam que a descoberta, publicada na revista Epidemiology, sugere que fatores ambientais - por exemplo, a exposição a vírus como a gripe sazonal - pode desempenhar um papel na ocorrência do autismo.

Daí a conexão entre o mês de concepção e a estação, já que as estações incluem variações de estilo de vida e exposição a diferentes tipos de substâncias.

Outras ocorrências sazonais incluem exposições potenciais aos agrotóxicos, tais como aqueles usados em casa para controle de insetos no período chuvoso ou quente, e os utilizados em aplicações agrícolas.

"Estudos das variações sazonais podem fornecer pistas sobre algumas das causas subjacentes do autismo," disse a Dra. Irva Hertz-Picciotto, chefe da divisão de saúde ambiental e ocupacional da Universidade.

"Entretanto, pode ser que a concepção não seja o momento da suscetibilidade [a algum elemento externo]. Poderia, ser por exemplo, uma exposição no terceiro mês de gravidez, ou no segundo trimestre, que seja prejudicial.

"Se for assim, podemos precisar observar as exposições que ocorrem poucos meses depois de concepções que estão em maior risco. Por exemplo, os elementos alergênicos que surgem mais na primavera e no início do verão," diz Hertz-Picciotto.

Fonte:  http://www.e-familynet.com/phpbb/autismo-e-mes-da-concepco-estudo-novo-vt573631.html

ATENÇÃO: A causa do autismo ainda não é conhecida.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cientistas brasileiros consertam 'neurônio autista' em laboratório

11/11/2010 - G1


Ainda falta muito para recuperar cérebro inteiro, diz pesquisador.
Estudo mostra base biológica de doença altamente estigmatizada.

 

O biólogo molecular e colunista do G1 Alysson Muotri e cientistas brasileiros conseguiram transformar neurônios de portadores de um tipo de autismo conhecido como Síndrome de Rett em células saudáveis. Trabalhando nos Estados Unidos, os pesquisadores mostraram, pela primeira vez, que é possível reverter os efeitos da doença no nível neuronal, porém os remédios testados no experimento, realizado em laborátorio, ainda não podem ser usados em pessoas com segurança.

Muotri, pós-doutor em neurociência e células-tronco no Instituto Salk de Pesquisas Biológicas (EUA) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, trabalhou com os também brasileiros Cassiano Carromeu e Carol Marchetto. O estudo sai na edição de sexta-feira (12) da revista científica internacional “Cell”.
Para analisar diferenças entre os neurônios, a equipe fez uma biópsia de pele de pacientes autistas e de pessoas sem a condição. Depois, reprogramou as células da pele em células de pluripotência induzida (iPS) – idênticas às células-tronco embrionárias, mas não extraídas de embriões. “Pluripotência” é a capacidade de toda célula-tronco de se especializar, ou diferenciar, em qualquer célula do corpo.

A reprogramação genética de células adultas é feita por meio da introdução de genes. Eles funcionam como um software que reformata as células, deixando-as como se fossem de um embrião. Assim, as iPS também podem dar origem a células de todos os tipos, o que inclui neurônios.

Como os genomas dessas iPS vieram tanto de portadores de autismo como de não portadores, no final o trio de cientistas obteve neurônios autistas e neurônios saudáveis.








 










Comparação, conserto e limitações

Comparando os dois tipos, o grupo verificou que o núcleo dos neurônios autistas e o número de “espinhas”, as ramificações que atuam nas sinapses – contato entre neurônios, onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos de uma célula para outra – é menor.

Identificados os defeitos, o trio experimentou duas drogas para “consertar” os neurônios autistas: fator de crescimento insulínico tipo 1 (IGF-1, na sigla em inglês) e gentamicina. Tanto com uma substância quanto com a outra, os neurônios autistas passaram a se comportar como se fossem normais.

“É possível reverter neurônios autistas para um estado normal, ou seja, o estado autista não é permanente”, diz Muotri, que escreve no blog Espiral. “Isso é fantástico, traz a esperança de que a cura é possível. Além disso, ao usamos neurônios semelhantes aos embrionários, mostramos que dá para fazer isso antes de os sintomas aparecerem.”

Os resultados promissores, porém, configuram o que é chamado no meio científico de “prova de princípio”. “Mostramos que a síndrome pode ser revertida. Mas reverter um cérebro inteiro, já formado, vai com certeza ser bem mais complexo do que fazer isso com neurônios numa placa de petri [recipiente usado em laboratório para o cultivo de micro-organismos]”, explica o pesquisador.

Entre as barreiras que impedem a aplicação prática imediata da descoberta está a incapacidade do IGF-1 de chegar ao alvo. “O fator, quando administrado via oral ou pela veia, acaba indo muito pouco ao cérebro. Existe uma barreira [hematocefálica] que protege o cérebro, filtrando ingredientes essenciais e evitando um ataque viral, por exemplo. O IGF-1 é uma molécula grande, que acaba sendo filtrada por essa barreira”, afirma Muotri. “Temos de alterar quimicamente o IGF-1 para deixá-lo mais penetrante.” Além disso, tanto o fator quanto a gentamicina são drogas não específicas, portanto causariam efeitos colaterais tóxicos se aplicadas em tratamentos com humanos.

Síndrome de Rett

O foco do estudo foi a chamada Síndrome de Rett, uma doença neurológica que faz parte do leque dos autismos. “Leque” porque o autismo não é uma doença única, mas um grupo de diversas enfermidades que têm em comum duas características bastante conhecidas: deficiências no contato social e comportamento repetitivo.

No caso dos portadores de Rett, há um desenvolvimento normal até algo em torno de seis meses a um ano e meio de idade. Mas então começa uma regressão. Além das características autistas típicas, neste caso bem acentuadas, eles vão perdendo coordenação motora e rigidez muscular.

Essa síndrome foi escolhida para o trabalho de Muotri, Carromeu e Marchetto porque tem uma causa genética clara – mutações no gene MeCP2 – e porque afeta os neurônios de forma mais acentuada, facilitando comparações e verificações de reversão.

“Talvez a implicação mais importante desse nosso trabalho é o fato de que os neurônios derivados de pessoas com autismo mostraram alterações independentemente de outros fatores. Isso indica que o defeito foi autônomo. Por isso, esse dado deve contribuir para reduzir o estigma associado a doenças mentais”, comemora Muotri. “Você não fica autista porque sua mãe não te deu o amor necessário ou porque seus pais foram ruins.”

Utilidade das iPS

Lygia da Veiga Pereira, doutora em Ciências Biomédicas e chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) da USP, saudou a pesquisa: "É mais um trabalho que mostra a enorme utilidade das células iPS, não como fonte de tecido para terapia celular, mas como modelo para pesquisa básica, para entender os mecanismos moleculares por trás de diferentes doenças que tenham forte base genética."

Lygia faz uma ressalva sobre as características muito específicas da Síndrome de Rett. Como a disfunção é exclusivamente associada a uma mutação genética, ficam de fora os fatores ambientais que desencadeiam o autismo.

Ainda segundo a especialista, os resultados obtidos por Muotri também realçam "o que brasileiros podem fazer trabalhando com infraestrutura e agilidade para conseguir reagentes, por exemplo, e interagindo com uma comunidade científica de grande massa crítica".


  "É possível reverter neurônio autista para um estado normal, ou seja, o estado autista não é permanente",  diz Alysson Muotri. (Foto: cortesia UC San Diego)
 
Fonte:
 



Questionário pode acelerar diagnóstico de autismo em crianças

Em testes, síndrome foi identificada quatro anos mais cedo que a média.
Diagnóstico mais rápido aumenta a eficácia do tratamento.

 29/04/2011 - G1

 Um simples questionário pode ajudar a diagnosticar o autismo em crianças de apenas um ano. As perguntas são sobre como o bebê lida com as formas de comunicação – olhares, sons e gestos, por exemplo. O estudo da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA, foi publicado pelo “Journal of Pediatrics”.

Caso as respostas obtidas pelo questionário sugiram o autismo, a criança deve ser encaminhada para exames mais completos, que são feitos semestralmente até que ela chegue aos três anos.

Veja notícia completa em:

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/questionario-pode-acelerar-diagnostico-de-autismo-em-criancas.html

Risco de que um autista tenha irmão autista é maior do que se pensava

Do G1, em São Paulo - 15/08/2011 07h00
 
Nova pesquisa mostra probabilididade de 19%, contra 10% anteriores.

Segundo a equipe, este é o maior estudo feito na direção.

Veja notícia completa em:

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/08/risco-de-que-um-autista-tenha-irmao-autista-e-maior-do-que-se-pensava.html

VERGONHA!!!

PE: mãe e filha são expulsas de agência bancária

publicado em 6/4/2011 às 19:50
Na cidade de Paulista, em Pernambuco, uma mãe e a filha de sete anos - que é autista e estava chorando -, foram levadas para fora do banco pela gerência. A mulher registrou um boletim de ocorrência.

 Mãe e filha autista expusas do banco.
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/Default.asp?c=4551

sábado, 6 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O autismo é parte do que eu sou (Temple Grandim)



Quanto mais informações se tem sobre o que é o autismo e estar atualizado regularmente é essencial para a área pedagógica, a cada dia novos dados são obtidos.
Esse caso é muito interessante...




Não consigo resistir, embora tenha o link para vídeos de autismo, necessito colocar em destaque alguns que me marcam, intrigam, inquietam...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Muito bacana essa imagem!

Curiosidades...


Autistas são as pessoas que vivem em seu próprio mundo?

O autismo é uma síndrome (conjunto de sintomas), existem várias formas de autismo e por isso existem profissionais que usam o termo "autismos", é encontrado da forma mais leve (Síndrome de Asperger) à mais severa. Meninos são em maior quantidade afetados pelo autismo, mas as meninas são atingidas de maneira mais grave.

Ha algum tempo existia o mito de que a culpa de uma criança ser autista seria das mães - que ao ter uma criança com a síndrome - eram conhecidas por "mães geladeira". Imaginava-se que a falta de carinho e uma relação harmoniosa entre mães e filhos poderia gerar autismo. Hoje com o avanço do conhecimento está claro que não existe relação alguma. Ainda não se sabe a causa (ou causas) específica para causar o autismo, mas diversos fatores são mencionados na literatura. Falaremos sobre eles de forma mais abrangente em uma outra postagem, mas achei importante mencionar o que segue:


Em entrevista à revista ÉPOCA de 27/09/2004 o cientista sueco Christopher Gillberg afirma que o autismo pode, também, se dar por questões pré-natais, por exemplo.
Alguns casos são atribuídos a drogas teratogênicas (como a talidomida) consumidas pela mulher grávida ou ao excesso de bebida alcoólica na gestação. Metais pesados como chumbo, mercúrio e outros materiais também parecem danificar o cérebro e levar ao autismo. Mas fatores genéticos determinam a maioria dos casos. Um dos pais carrega dois genes envolvidos numa maior suscetibilidade ao distúrbio. O outro cônjuge carrega outros três. O autismo pode ser fruto da combinação infeliz desses genes.

05/07/2011, http://noticias.r7.com,  "Uso de antidepressivos na gravidez aumenta risco de criança ter autismo, diz estudo - Perigo aumenta quando a exposição aos remédios acontece até o terceiro mês".

A exposição a certos antidepressivos durante ou até um ano antes da gravidez pode aumentar o risco de a criança ter autismo, segundo um estudo realizado por cientistas do Kaiser Permanente Medical Center, na Califórnia. 



Não há nada de raro!

De acordo com a Revista Autismo: " O autismo é uma síndrome complexa e muito mais comum do que se pensa. Atualmente, o número mais aceito no mundo é a estatística do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão do governo dos Estados Unidos: uma criança com autismo para cada 110. Estima-se que esse número possa chegar a 2 milhões de autistas no país, segundo o psiquiatra Marcos Tomanik Mercadante citou em audiência pública no Senado Federal no fim de 2010"

E onde eles estão?

Infelizmente, ainda fico sabendo de autistas que ficam em casa, sem acesso à intervenção pedagógica e um trabalho interdisciplinar. É lamentável, mas não há em nosso país, ainda, um tratamento que chegue, principalmente, aos menos favorecidos. O resultado disso são pessoas absolutamente negligenciadas. 

Admiro os pais e mães no autismo. São muitos deles que brigam e lutam pela educação, saúde e tratamentos específicos para os filhos. São esses pais e mães que fundaram muitas ONGs no Brasil em busca de uma vida melhor para os filhos e conheci algumas instituições fundadas por eles que buscaram conhecimento por conta própria e colocaram em prática colaborando com um maior número de autistas e famílias.

PERISSINOTO em Conhecimentos essenciais para atender bem as crianças com autismo  relata que "...o indivíduo com autismo muda seu comportamento e as atipias respectivas podem se atenuar com a idade e o nível de desenvolvimento, dependendo das intervenções educacionais e terapêuticas que receba".

 É importante mencionar que o autismo é encontrado em todo o mundo, independe de classe racial, étnica e social, não existem evidências psicológicas na vida de um autista que possa ter causado a síndrome.



Convido você a dar uma olhada! Vale a pena!

Minha monografia

É um grande prazer dividir esse trabalho com vocês. Espero que gostem.
Comentem!
Obrigada!


Imagina só...

Reflita sobre a cena:

Papai e mamãe tiveram um lindo bebê...
Foi um sonho realizado. É uma criança linda! Parece um anjo... Tão quietinha, quase nem chora... Não gosta muito de se aninhar no colo nem de papai, nem de mamãe, nem de ninguém, não dá nenhum trabalho praticamente, quando chega uma visita nem se percebe ter uma criança em casa...

Você pode variar a cena para a criança que chora demais, que se irrita facilmente, pode ser que ela quase não durma... É sempre na base dos extremos!!!
O tempo passa... A criança não gosta muito de interagir com outras crianças e brinca de uma forma "diferente" com os seus brinquedinhos. Papai e mamãe já levaram no pediatra e o médico falou que ele não tem nada, está tudo bem...

Tudo bem nada!!!

É uma realidade lamentável... Médicos pediatras, em geral, não conhecem o autismo - o que seria algo formidável, pois esse especialista passa uma fase importantíssima bem perto da criança. Esse momento seria incrivelmente aproveitado se fosse feito o diagnóstico precoce.
Preste atenção no comportamento do seu filho desde bebê, preciso chamar a atenção dos educadores para que fiquem atentos às fases do desenvolvimento da criança. Uma observação bem empregada nesse caso pode mudar uma vida!




PEDAGOGIA E AUTISMO


... E um pouco sobre mim.

A ideia veio da minha monografia realizada para a segunda Faculdade de Pedagogia. Me apaixonei pelo autismo e fiz diversos cursos, dentre eles : Pedagogia - Habilitações: Licenciatura plena em Supervisão Educacional para ensino fundamental e médio, bem como educadora das primeiras séries do ensino fundamental.

Me tornei uma pesquisadora da síndrome do autismo e problemas de aprendizagem. Fui para São Paulo e realizei alguns cursos na AMA: Aplicação do método TEACCH – Treatment and Education of Autistic and related, Communication handicapped Children - Tratamento e educação para crianças autistas e com distúrbios correlatos da comunicação, Aplicação do “Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS)”, dentre vários outros cursos voltados para a área pedagógica e intervenções educativas na área do autismo.

A necessidade de me manter ativa na área e poder ajudar, de alguma forma, qualquer pessoa que necessite, nesse sentido, me fez construir esse blog. 
Espero que essa seja a primeira de muitas outras postagens!